A Islândia lidera a lista seguida de países escandinavos e do Uruguai! Brasil aparece em 39° lugar. Veja detalhes desta superpesquisa!
“Você se considera um gay feliz?”. Foi essa pergunta que o site de encontros Planet Romeo fez a mais de 100 mil homens homoss.e.x.u.a.is de todos os continentes. O objetivo da pesquisa foi medir o nível de satisfação e felicidade dos gays espalhados pelo mundo inteiro.
A discrepância entre os países melhores e piores colocados no ranking de bem-estar é gigantesca! Por exemplo, enquanto apenas 20% dos caras que moram nos lugares que estão no topo da lista têm pais que não aceitam sua orientação s.e.x.u.a.l, o índice nos países do fim do ranking sobe para 56%.
Para reunir todos esses dados, foram criadas três categorias principais: opinião pública (como os gays se sentem sobre a visão da sociedade quanto à homoss.e.x.ualidade), comportamento público (como eles são tratados pela sociedade) e satisfação pessoal com a sua vida ~como um todo~.
Apesar de 67% dos norte-americanos acharem que a situação melhorou no último ano, os Estados Unidos – país onde mora o casal maravilhoso Neil Patrick Harris e David Burtka – aparece apenas na 26ª colocação na lista. (Getty Images)
No topo do ranking, estão os países escandinavos: a liderança é da Islândia, seguida pelos vizinhos Noruega, Dinamarca e Suécia. A surpresa (positiva) vem na quinta colocação, com o Uruguai representando bem a América do Sul. No fim da lista, estão nações africanas como Uganda, Sudão e Etiópia.
O Brasil aparece no 39° lugar, com uma pontuação igual à da Colômbia e da Itália. Comparando com o ano passado, quase metade dos participantes brasileiros (47%) diz que as coisas estão melhores por aqui para os gays, 42% acha que tá tudo na mesma e apenas 10% considera que a situ em 2015 tá pior do que em 2014.
O mapa abaixo mostra que, quanto mais verdinho o país, mais felizes são os entrevistados de lá. Os territórios mais vermelhos contam com o contexto mais difícil pra população LGBT.
Para as questões mais pessoais, a pesquisa dividiu os 127 países participantes em três grupos: os 20 melhores colocados no ranking, a média de todos e os 20 piores, para evidenciar a diferença do contexto em que os gays vivem.
Uma das estatísticas que mais chamam a atenção indica que menos de 10% do pessoal que mora nos países mais complicados tem uma alta autoaceitação em relação à homoss.e.x.u.a.l.idade, contra quase 60% do top 20.
Nas nações menos receptivas, 45% dos gays cogitam se mudar de vez para outros países para ter uma vida mais tranquila. No top 20, só 5% pensa assim.
As ~piadinhas~ e os insultos verbais também são bem mais frequentes nos países piores colocados. Enquanto a média mundial oscila perto dos 50%, a maioria do pessoal da África e do Oriente Médio convive com o preconceito diariamente.
Por outro lado, a violência física (ufa!) não é uma realidade tão constante em nenhum lugar, embora 19% dos entrevistados já a tenham sofrido alguma vez na vida =/.
A experiência com discriminação, infelizmente, ainda é bem presente pelo mundo: 23% dos gays do top 20 piores países foram expulsos de casa, 30% perdeu ou não conseguiu arranjar emprego e 11% já teve tratamento de saúde negado por causa da homoss.e.x.u.a.l.i.dade!
A pesquisa ainda sondou a diferença que os caras sentiram no país durante o último ano. Quase ninguém dos melhores países acha que a situação piorou de 2014 pra cá, porém mais de 40% dos entrevistados dos países mais complicados acha que sociedade está mais intolerante e que as leis locais retrocederam quanto à população LGBT…
Por último, o estudo revelou que a galera do top 20 é muuuito mais aberta quanto à homossexualidade do que seus companheiros dos países mais tensos: 72% destes escondem do pai a orientação s.e.x..u.a.l e dois terços não contam nem à mãe nem ao(s) irmão(s).
Embora não possua uma precisão científica, a pesquisa é um ótimo indicador que demonstra o abismo que ainda existe entre os países em relação à forma como os gays vivem e se sentem. “Até agora não era possível pesquisar para os gays sobre suas vidas pessoais, em uma escala global. Mas graças a difusão da Internet, e ao alcance de plataformas de namoro gay como o nosso, podemos mudar esta realidade”, conta o CEO e fundador da PlanetRomeo, Jens Schmidt.
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